20 dias

O último post foi já há mais de 20 dias e sinto com frequência o desapontamento de ir aos blogs de que sou assídua e não haver novidades por mais de... digamos, 2 dias. Como ninguém me lê não há tristezas alheias mas não deixa de me incomodar a mim esta inconstância.

Ainda não fui à feira do livro, o que me irrita sobremaneira; principalmente quando penso que na segunda fui ao cinema ver um filme comercial em vez de marchar para o Parque. Passear entre as bancas, comer um gelado, cheirar os livros já no metro, de regresso, olhar as pessoas sentada num dos bancos de jardim, ver os livros do dia e pensar se vale a pena arriscar, quem estará em cada dia a autografar obras novas e velhas? que debates haverá lá em cima? Tão boas memórias que agora não crio. É, certamente, falta de decisão e compostura.

Terminou um dos blogs que me enchia as medidas e sinto-me mais pobre.
Sonhei com as lulas guisadas e o puré que comíamos ao fim de semana no motel.

Quantos bolos custa?

Há já tempos que me lembro dela todos os dias. No tempo em que ter telefone não era para toda a gente, ia ela a casa da vizinha telefonar. Marcava o tempo e para quem (onde) tinha ligado, fazendo então uma estimativa de custo. Depois confrontava com um caderninho velho onde tinha receitas de bolos e o custo aproximado de cada um e pagava à vizinha em bolos.

Tantas chamadas para o meu filho em Castelo Branco e mais tantas para a minha irmã, rápidas, só para saber como está são um 'Bolo Montanha'.

Meio

Às vezes mima-me inesperadamente com palavras soltas que não sinto. Como quando disse que um dos meus pontos fortes (que expressão desadequada!) era a minha criatividade. Eu!... que na maior parte das vezes não me sai nada capaz. Mas sei que me podia dedicar a alterar o que já existe e assim torná-lo meu, principalmente na mudança de suporte.