quarta-feira, maio 17, 2006

Porque sim

Apesar da pressão que sinto do que me rodeia, continuo a pensar e a defender que o que sinto, digo e penso não tem que ser regido por regras de racionalidade. À medida que o tempo passa sinto-me cada vez mais com o direito de dizer simplesmente 'porque sim' e aceitar isso como razão mais do que suficiente para justificar o que quer que seja.
Como dizer que um livro de que estava a gostar perdeu algum interesse porque descobri que o autor tinha bigode.
Às vezes apanho-me a ensaiar argumentos para uma posição que não tenho de facto porque me permite exercitar a capacidade de lógica e retórica, e isso são bens que não se podem perder. Mas não passa de um exercício.
Gosto de artigos de opinião porque sim, não gosto de autores de bigode porque sim. Um gostar não tem que se justificar.

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